A primeira fase do projeto “Pela Vida do Rio”, a “Expedição Piracicaba”, que durante 11 dias percorreu todas as cidades que compõem a bacia hidrográfica, foi sucesso total e superou todas as expectativas possíveis.
Esse sucesso deve-se em primeiro plano pela união de forças e segmentos diversos em torno de um único objetivo e pela percepção que as populações têm da necessidade urgente da recuperação dos recursos hídricos – cidades da bacia já enfrentam sérios problemas com o abastecimento e a cada dia a qualidade da água oferecida é questionada.

Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio

Diante o conhecimento que o Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, adquiriu ao longo de 25 anos, sobre a situação que a Bacia do Piracicaba atravessa – ameaça de colapso de barragens de mineração, são mais de 70 na bacia, poluição por esgotamento sanitário, carreamento de material causado pelas mais diversas ações, principalmente por manutenção em estradas rurais, loteamentos irregulares, ocupação urbana desordenada, desmatamento de encostas e matas ciliares para formação de pastagens entre outras – seu editor, Geraldo Magela Gonçalves – Dindão, resolveu agregar as forças em torno do projeto, nascendo assim a “Expedição Piracicaba – Pela Vida do Rio”.

Morte do Piracicaba

O Piracicaba tem sim uma data para deixar de ser perene – 2030, caso não sejam tomadas medidas emergenciais e urgentes para sua revitalização. A previsão é de autoria do engenheiro Henrique Lobo.
E não estamos falando em qualidade de água, que há décadas deixou de ser minimamente utilizável – estamos falando de volume de água – ele pode secar.

Cláudio Guerra

Com o apoio e a consultoria do engenheiro ambiental Cláudio Bueno Guerra o projeto foi tomando forma e os principais direcionamentos dados pelo ambientalista foram: “Busque uma instituição de ensino de peso para desenvolver o trabalho técnico e ouçam muito os atores da bacia – coloque o microfone na boca desse pessoal, eles tem muito a nos dizer”, disse.
Daí veio a busca pela UNIFEI – indicada pelo presidente do CBH Piracicaba, Flamínio Guerra e a prática de gravar entrevistas com inúmeras personalidades ao longo da bacia.

CBH Piracicaba

Se o Comitê da Bacia Hidrográfica do Piracicaba foi um dos frutos da Expedição Piracicaba 300 Anos Depois, não teria outro lugar para se procurar que não fosse ele, sendo o projeto apresentado ao presidente Flamínio Guerra que, com sensibilidade, enxergou a necessidade do trabalho e abraçou a causa.

UNIFEI

Ao ser apresentado ao professor José Augusto, coordenador do mestrado Profágua, o mesmo não teve dúvidas quanto a dimensão do projeto e de imediato fechou a parceria, ficando detalhes para inúmeras outras reuniões posteriores.

Pessoas, o segredo do sucesso

O segredo do sucesso dessa primeira parte do projeto foram as pessoas – as pessoas a frente das instituições que perceberam a nobreza do projeto e dedicaram suas atenções à causa; as pessoas a frente das prefeituras e câmaras municipais que enxergaram a necessidade de apoiar iniciativas que possam a vir melhorar a vida dos munícipes da bacia; as pessoas a frente das empresas que notaram que os patrocínios solicitados se mostravam muito aquém do tamanho do projeto ofertado; as pessoas que se somaram a equipe e principalmente as pessoas que nos receberam em todas as cidades.