Em seu nono dia pela manhã, a Expedição Piracicaba passou por Jaguaraçu, onde foi recebida no ginásio da escola estadual. O prefeito José Júnio, o vice, José Rosa, secretários municipais e demais convidados, além de estudantes, produtores rurais e moradores, estiveram presentes. O encontro foi um dos que apresentaram maior grau de participação, com muitas perguntas vindas do público sobre temas variados, desde a formação profissional dos membros da equipe até as soluções que poderão ser propostas a partir do diagnóstico. Vale destacar também a corporação musical que promoveu um espetáculo aos presentes.
Conhecida pela alcunha de “Cidade das Águas”, Jaguaraçu, que em tupi-guarani significa “onça grande”, pode estar perdendo porte quando o assunto são recursos hídricos. Domingos Pereira Lana, de 61 anos, nascido e criado na localidade, afirma que a região passa por uma situação crítica no que se refere à água. “Quando foi construída a barragem da cachoeira da Jacuba, eu me lembro que demorava 20 minutos no máximo para que o poço transbordasse. Hoje com menos de duas horas ele não transborda”, compara.
Lana direciona o dedo indicador ao Córrego do Onça, afluente do Piracicaba que corta a cidade, e diz que, quando criança, costumava pular da ponte para nadar sem qualquer problema. Hoje, quem o fizer estará condenado, pois o córrego corre bem raso, com partes do leito à mostra.
A engenheira ambiental da prefeitura, Jenifer da Rocha, lembra que a cidade tem 100% do esgoto da sede urbana tratado em uma ETE (cerca de mil moradores), além de contar com uma usina de reciclagem que processa 1,5 tonelada de lixo por dia. “No entanto, temos problemas com nossa mata ciliar, por exemplo, que é quase inexistente”, finaliza.